A voz de Eloa Serel é simultaneamente versátil, etérea, íntima, doce e poderosa, como um sussurro que atravessa gerações. Ela canta para as mulheres silenciadas, para as meninas esquecidas, para os amores que não puderam ser vividos. Em cada verso, há uma fenda por onde entra a luz.
Cantando em português europeu, Eloa Serel viaja por estilos que vão da balada soul à kizomba, da música eletrónica ao fado encantado. Não é uma popstar. É um portal. Ouvi-la é lembrar-se de si.
Eloa significa “Deusa” numa antiga raiz semita.
Em Serel, a terminação angélica (el) ecoa como serenidade e elixir, como se a sua existência fosse uma poção vocal pura – para a alma.
Eloa Serel não dá concertos. Dá encontros internos.
Não faz digressões. É uma guia para viagens interiores.
E cada faixa do seu álbum é uma cerimónia sonora, onde cada ouvinte pode, finalmente, ouvir-se por dentro.
